terça-feira, 24 de janeiro de 2012

situação problema

5 Situação Problema

                 Não sou retardado, nem padeiro tampouco engenheiro, queria ser doutor, mas também não sou. Empresário? Não. O governo se orgulha em dizer que nosso povo é empreendedor, acredito que seja, mas antes passa pelo velho estigma de ser apenas mais um sonhador.
Sonha que a corrupção vai acabar que o salário vai aumentar que a educação vai melhorar. Será? A quem cabe isso? Ao Estado, ao governo ou ao Direito, enfim, ao que me parece, cabe também a mim que sequer me sinto, hoje, como cidadão. Estado e direito deveriam constituir um meio ou instrumento a serviço do bem-estar da coletividade, mas não são. Estado possui elementos que o caracterizam e tem sua origem vinculada a teorias como do Contrato Social de Rousseau ou Sociológica defendida por Emile Durkheim, já Hobbes, por sua vez, na obra Leviatã, defende a necessidade de governos e sociedades, no intuito de conter o “bellum omnia omnes”. Em resumo, o homem, por sua natureza, tende a guerra contra todos e desta forma através da entrega de seu “poder natural” submete-se a rege de uma autoridade que, em tese, deveria levar ao bem comum. Ops! Eu disse bem comum?
Ser cidadão presupõe um conjunto de direitos e deveres a qual se sujeitamos em relação à sociedade, direito de fazer parte de um Estado e dever de submeterem-se as suas regras, ter garantias e ser governado dentro dos principios e normas desse Estado. Mas afinal, é este modelo de estado e de direito que eu quero?
Já não sei mais se confio na justiça. Sabe-se que para o Direito é muito mais que a lei, mas também representa uma série de interesses que estão por tráz. Hoje em dia discutimos o peso dos valores morais, sociais e da religião. Discutimos sim! Mas o que parece, o que realmente tem força, para mudar a sociedade não mais são os homens que dela fazem parte, os tidos cidadão, e sim outros fatores que determinam e que por vezes se apresentam de forma tão obscura. Temo que tudo se resuma a uma política suja e imóral. Mas devo lutar, nas palavras de Ihering “...A paz é o fim que o Direito tem em vista, a luta é o meio de que se serve para o conseguir. Por muito tempo, pois, que o Direito ainda esteja ameaçado pelos ataques de injustiça – e assim acontecerá enquanto o mundo for mundo –, nunca ele poderá subtrair-se à violência da luta. A vida do Direito é uma luta: luta dos povos, do Estado, das classes, dos indivíduos”.
    Eu quero ser cidadão! E você?

Itendifique uma situação, apresentada na mídia, que refletiria o texto acima:
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